COMO TUDO COMEÇOU?
Trabalhando há quase 30 anos com educação na área da saúde, por diversas vezes pude presenciar práticas educativas que não conseguiam transformar a realidade dos sujeitos, quer fossem profissionais ou usuários dos serviços de saúde.
A maioria delas tinha como centralidade o “fazer”, sem que a realidade dos envolvidos fosse considerada e consequentemente os aspectos nela envolvida: crença, valores, habilidades, desejo, entre outros.
Pude perceber que tais práticas eram não apenas pouco produtivas, mas geravam sofrimento e a crença de que o processo de trabalho em saúde, já complexo pelos aspectos relacionais nele envolvidos, seria imutável.
Esta visão provoca nos trabalhadores uma prática profissional onde o vínculo, e a responsabilização pelas demandas do outro cedem espaço ao trabalho mecânico, frio e pouco resolutivo.
Comprometida com a crença de que, não perder a capacidade de se indignar com a realidade que nos cerca nos coloca em movimento, busquei estratégias para a formação de competências destes atores (para além da técnica) e pude perceber que quando provocados em suas potencialidades o processo de transformação gera boas práticas.
Como projetos comuns potencializam desejos e possibilidades, busquei parceria com pessoas que compartilhavam destes mesmos incômodos e nos surpreendemos com mais gente querendo ser mais gente.
Estava lançada a semente para a transformação através da formação de competências cognitivas, atitudinais e procedimentais aplicáveis a cada realidade. Como fruto de uma construção coletiva também nos transformamos e chegamos ao que hoje consideramos um dos caminhos necessários para uma saúde em defesa da vida.
Junte-se a nós e venha ser mais gente !!!
